Não sei se pra vocês é igual pra mim, mas quando
o assunto é escrever sobre nós mesmos, bem, não sei direito o que falar, sou
cristão, nascido em Brumadinho, formado em Marketing, e amo o esporte, já
passei horas vendo tênis, futebol americano, basquete, futsal, ciclismo, mas
quando é o futebol, aaaah o futebol, o futebol é a paixão do povo brasileiro, e
pra quem torce pra times que estão acostumados a ganhar, a paixão consegue ser
maior, chegar em uma final, ver uma final, ganhar uma final, são sentimentos e
sensações que com palavras fica difícil descrever, basta sentir, basta apreciar
o momento, sentir um frio pela barriga quando o adversário esta com a bola, é
gritar eufórico quando marcamos um gol, nós torcemos juntos, nós fazemos a
diferença, nós entusiasmamos os jogadores. E cá entre nós, ser Cruzeiro é bom
demais, é ser campeão, é apoiar, é torcer, vibrar, chingar e até chorar, o
lance é não desacreditar.
Certa vez Arrigo
Sachi que foi técnico da seleção italiana na Copa de 1994 disse: “O futebol é a
coisa mais importante dentre as coisas menos importantes das nossas vidas”.
Sou Steffany Mendes, jornalista e tenho 23 anos.
Sou Cruzeirense desde que me entendo por gente, por influência única e
exclusiva do meu pai, Sr Julio. Minha primeira lembrança de ver o Cruzeiro
levantar um título foi em 2003, ano maravilhoso, três títulos conquistados
(Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e o primeiro campeonato Brasileiro na era
de pontos corridos, somando 100 pontos no final da competição, 13 pontos a
frente do segundo colocado, Santos). De forma épica, naquele mesmo ano o clube se
tornava o primeiro do país a conquistar a almejada Tríplice Coroa. São quase 15
anos desse feito e a lembrança que tenho é de ir com a camisa do Maior de Minas
para escola, camisa essa, de um azul quase petróleo, com um escudo imponente e
de número 7. Mas meu amor de acompanhar e de se tornar a louca do futebol, veio
em 2008. Lembro de ouvir no intervalo do colégio (sempre com lembranças de
escola, muito estudiosa ela, haha) garotos gritando ‘’p*#@ que pariu é o melhor
goleiro do Brasil, Fábio’’, isso um dia depois do Cruzeiro golear o Atlético-
MG por 5 a 0. Naquela época a única coisa que eu sabia sobre o Cruzeiro, era que
o goleiro se chamava Fábio. A partir daí, nunca mais parei de acompanhar os
jogos do Time do Povo, comunidades no Orkut comecei a seguir, grupos de MSN
passei a fazer parte, por meio deles, conheci pessoas maravilhosas que se
tornaram literalmente família! inclusive, o nome curioso do grupo era ‘’Família
cruzeirense, 2008’’. Isso prova que nunca será só futebol. No coração daquela
menina de 13 anos, só vinha à certeza que ela deveria exercer no futuro, algo
na área da comunicação, para um dia ter a oportunidade de expressar esse amor
inexplicável que sente pelo Cruzeiro.
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